Esta mensagem começa com uma pergunta: E se você pudesse apagar todas as suas memórias ligadas a sensações vividas? Sem esquecer quem você é, claro. Você se esqueceria, por exemplo, como é curtir uma brisa na varanda, à sombra, num dia ensolarado. Também não se lembraria do gosto de um churrasco no seu ponto predileto e com a quantidade exata de sal ou, pros veganos, o sabor do morango colhido da horta no mesmo instante. Tudo isso pra que você tivesse a sensação de viver aquela descoberta, aquele momento único, novamente.
Como Se Fosse a Primeira Vez
Opa! Parece filme né? Sim, além do sucesso “Como se fosse a primeira vez” tem um outro bem legal que chama “Brilho eterno de uma mente sem lembranças”.
No primeiro a memória é reiniciada todos os dias e nesse caso se esquece absolutamente tudo onde cada dia é como se fosse o primeiro dia em muito tempo.
No segundo, pessoas recorrem a ciência pra esquecer sensações e poder experimenta-las novamente.
Agora imagine que você pudesse esquecer todas as sensações de “EUREKA!” quando você entendeu aquela sinergia sinistra numa construção do seu personagem de Path of Exile. Ou da sensação de derrotar aquele chefe maroto pela primeira vez. Quem sabe a sensação de juntar do chão uma pilha de muitos divinos ou até o tão sonhado espelho de Kalandra.
Jamais me esquecerei de como o primeiro espelho de Kalandra apareceu pra mim e de como me senti. E mesmo sendo afortunado, conseguindo derrubar um outro ligas depois, a sensação nem de longe foi a mesma.
Essa ideia de esquecer experiências nos traz a urgência de respostas para as perguntas:
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- Por que começar Path of Exile 2 com habilidades escolhidas e pontos de passiva friamente predestinados?
- Por que correr como se não houvesse amanhã pra terminar a campanha?
- Por que não se permitir descobrir, testar, errar, aprender, melhorar e progredir?
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Quando comecei a jogar Path of Exile descobri muita coisa e tive sentimentos diversos quando errava e acertava, quando entendia fácil e quando ficava horas pra entender (e as vezes não entendia). Faz parte da descoberta, da experimentação. E só não fiz mais isso porque sempre aparecia o zé-metinha, ligado no 220 volts, que já tinha o item perfeito pra build ou já conhecia a sequencia de habilidades de suporte exata que eu deveria usar.
E eu aceitaria de bom grado esquecer todas as sensações em prol de reviver todos esses momentos mais uma vez. EXCETO ter que aturar novamente o zé-metinha me falando como deveria jogar.
Em Path of Exile 2 não conseguirei uma boa parte disso, pois sabemos que coisas como itemização, ligação entre gemas de habilidades ativas e passivas, sistema de criação de itens, entre várias outras coisas, seguem a mesma fórmula de Path of Exile 1. Mas teremos sim muitas outras coisas para testar e descobrir, tentar e quebrar a cabeça, voltar atrás e refazer. E podemos então sentir as sensações de cada uma dessas etapas novamente, como se fosse a primeira vez.
Então minha dica aqui é: em Path of Exile 2 seja um explorador, não se apegue a uma build pronta ou a sinergias mastigadas. Tente, faça do seu jeito, sinta a sensação latente da vitória e da derrota. E no fim de tudo se der muito errado, a internet estará como sempre, inundada de guias e passo a passos para você quebrar o joguinho.
Quem começa a conhecer Path of Exile no vindouro 2 tem essa oportunidade singular. E pra nós que já conhecemos um bom pedaço da história, podemos mudar um pouco aquele estigma de “não posso errar” ou “não posso ficar pra trás” e criar nosso próprio caminho nesse jogo que promete!
Wraeclast nos aguarda. E mesmo que não nos quisesse, nós iríamos mesmo assim.
Bom início em Path of Exile 2.