– Contexto Histórico –
A história de Path of Exile se passa no continente de Wraeclast. Esse continente foi devastado por um evento apocalíptico chamado de Cataclismo que aconteceu a quase 300 anos antes de começarmos o jogo. A sudeste de Wraeclast há uma ilha chamada Oriath que não foi atingida por esse Cataclismo.
No início do jogo você escolhe entre 7 personagens que foram banidos ou exilados de Oriath. Você é enviado de navio para Wraeclast como punição por seus crimes em Oriath pelo Alto Templário Dominus, e isso acontece no ano de 1600 DCI (Depois da Concepção do Império). A Concepção do Império foi realizada pelos Eternos, uma das civilizações da história do jogo. O Império reinou em Wraeclast mas não reinam mais. Atualmente os Alto Templários de Oriath estão no poder, governando da cidade capital chamada Theopolis.
A história escrita de Wraeclast data de 900 ACI (Antes da Concepção do Império), mas acredita-se que muito antes disso havia povos em Wraeclast e até mesmo Deuses andando pelas terras.
O continente de Wraeclast tem uma grande diversidade de povos, os Azmeri, os Eternos, os Maraketianos, os Ezomitas, alguns prisioneiros Karui e outros exilados de Oriath, assim como nós. O Cataclismo causou diferentes tipos de devastação no continente pelos últimos 300 anos, e durante nossa jornada de Oriath para Wraeclast o barco em que estávamos é destruído, e acordamos na costa de uma pequena cidade chamada Lioneye’s Watch.
– Vigília de Lioneye –
Vigília de Lioneye é uma antiga fortaleza do exército Eterno de Marceus Laioneye, que defendeu ataques liderados por Kaom o líder dos Karui. Marceus Laioneye era um capitão gemante do exército Eterno, apoiado pelo Imperador Chitus Perandus. Um gemante é uma pessoa que foi implementada cirurgicamente com Gemas de Virtude para receber mais poder.
O ataque de Kaom foi orquestrado pelo Alto Templário Voll, que liderou a Rebelião da Pureza. Nessa época os Alto Templários eram apenas uma ordem religiosa e não os governantes. Kaom liderou seus Karuis até essa costa para armar um cerco contra a cidade da Vigília de Lioneye. Após algumas batalhas os Karui debandaram e Marceus, e seu exército de gemantes começaram a os perseguir.
Era sabido por muitos, incluindo Marceus, que os Karui lutavam apenas com homens de espadas e combate corpo a corpo, pois era sua tradição. Então quando o exército de Kaom entrou em retirada, Marceus pensou ter enfrentado toda a força Kaom, pois ataques a distancia não eram usados pelos Karui.
No entanto, Hyrri, sobrinha de Kaom, percebeu que essa tradição falava apenas de homens, e com a permissão de Kaom ela e todas as outras mulheres Karui treinaram com os melhores arqueiros de Voll. E quando o exército de Marceus começou a perseguir a força liderada por Kaom, Hyrri e suas arqueiras fizeram chover flechas sobre o exército de Marceus.
Com isso, por volta de 1333 DCI, a Vig´´ilia de Lioneye foi tomada pelos Karui, transformando a cidade e seus arredores no primeiro assentamento Karui em Wraeclast, pois os Karui são nativos da ilha Mana Kanui. Quando o Cataclisma começou, a cidade foi abandonada e tomada por alguns exilados e nativos sobreviventes.
Mana Kanui é uma ilha que fica ao sul de Wraeclast e a oeste de Oriath, os Karui são constantemente capturados e escravizados pelos Oriatianos e Eternos. Alto Templário Voll pediu ao Rei Kaom que o ajudasse na Rebelião da Pureza e, em troca, os Karui escravizados seriam libertos. Kaom concordou e com sucesso tomou a cidade.
– O Exilio Começa –
Quando acordamos na praia, devemos lutar contra mortos vivos e monstros para encontrar a entrada da Vigília Lioneye que é guardada por um grande morto vivo, o ferragista Hillock, que foi exilado acusado de matar e estuprar muitas pessoas, incluindo crianças em Oriath. Assim que o matamos, nossa entrada é permitida na cidade para conhecer outros três exilados de Oriath: Nessa, Bestel e Tarkleigh.
Nessa é uma gentil mulher, originalmente de Theopolis, que toma conta dos exilados nesta cidade. Bestel é um aspirante a poeta, além de ser o único sobrevivente de um navio que naufragou. E Tarkleigh é um antigo pirata e, agora, protetor da Vigilia de Lioneye.
Depois de nos mostrarmos dignos e que não fomos corrompidos após matar Hillock esses exilados pedem por ajuda com algumas coisas, como por exemplo pegar um kit de medicamentos e explorar a carnificina ao redor da cidade.
Descobrimos que o Cataclisma não só ressuscitou os mortos, mas também corrompeu a vida selvagem. As missões fazem com que a gente viagem para o norte, para encontrar suprimentos ou destruir ameaças para a Vigília Lioneye
Conforme progredimos descobrimos, por meio de escrituras, o que aconteceu com Kaom e seus Karui que ficaram na área de quando o Cataclisma começou, 20 anos após a queda da cidade para os Karui.
Kaom e seus soldados mataram os cidadãos Eternos locais enquanto criavam seu acampamento. Quando o Cataclisma aconteceu, os mortos em ambos os lados dessa batalha levantaram e começaram a atacar os Karuis remanescentes na Vigília. A pratica Karui era de enterrar seus mortos, para honrá-los, mas:
A terra de Wraeclast rejeita os mortos, os espíritos negros de tempestade e sonho alcançam o solo e levanta nossos inimigos imperiais. Isso lidera nossos caídos de suas covas e impulsiona-os a lutar com força para além do fim, com dentes e unhas podres. Aqueles que nós lembramos se juntaram aos amaldiçoados.
Kaom passou a instruir seu povo a queimar os corpos que se levantaram, mas o Cataclisma também corrompe os vivos. Os animais locais se transformaram em monstros e por meio das escrituras podemos concluir que o próprio Kaom foi levado a loucura pelo Cataclisma.
Kaom retomou tradições antigas e abandonadas de seu povo. Incluindo sacrifícios e canibalismo, a jornada de Kaom por triunfo, desespero e loucura está escrita por todo o 1º Ato. Muitas dessas escritas são de Lavianga, conselheira de Kaom, outras são do próprio Kaom.
O líder Karui dizia que podia ouvir seus ancestrais chamando por ele, incluindo o antigo deus Karui, Tukohama. Kaom teve sonhos de que Tukohama deixou uma oferenda que iria salvar os Karui, então Kaom liderou seu povo para o norte do continente de Wraeclast, levando seus 500 melhores guerreiros até Highgate, adentrando as minas do monte Verusso.
– Para Além da Prisão –
A Prisão fica ao topo de nossa escalada, aparentemente abandonada. Mas ao retornarmos a Lioneye descobrimos que o guarda Brutus ainda está lá, desde a Rebelião da Pureza. Brutus foi transformado em monstro por Shavronne, usando taumaturgia e Gema de Virtude.
Shavronne da Umbra foi uma Taumaturga habilidosa sob a tutela de Malachai, que ao perceber o sucesso do cerco de Kaom a Vigília Lioneye temia pelo avanço dos Karui contra o Império. Assim, Malachai instrui sua aluna Shavronne para que ela colocasse Brutus para impedir os Karui de conseguir prosseguir em avanço por terra.
Conforme envelhecia, Brutus ficou interessado em taumaturgias para preservar sua força e vida. Brutus concordou em impedir que os Karui avançassem e aceitou as intervenções com taumaturgia na esperança de se tornar um ser mais poderoso. Depois de dias de experimentos agonizantes, Shavronne teve sucesso ao implementar uma gema em Brutus. Mas Brutus estava poderoso demais e, ao acordar, matou Shavronne e todos os seus auxiliares. Guardas remanescentes fugiram da prisão e trancaram Brutus lá dentro. Por 250 anos, Brutus residiu dentro da prisão.
Conforme avançamos pela prisão, uma mulher aparece lendo as anotações de Shavronne sobre taumaturgia. Essa mulher é Piety, que encontraremos múltiplas vezes durante nossa aventura. Ela fica surpresa ao ver um exilado na prisão.
Para continuar nossa progressão precisamos matar Brutus. Ao concluir, seguimos parar uma área chamada Portões da Prisão, seguimos a estrada para norte e nos deparamos novamente com Piety. Usando seus próprios poderes de taumaturgia, Piety bloqueia nossa passagem.
Após a Rebelião da Pureza, Shavronne criou esse portão como uma segunda defesa contra o avanço dos Karui. Aparentemente Piety possui poderes taumaturgicos capazes de reativar as invenções de Shavronne de mais de 250 anos atrás. Piety é uma mulher de Oriath que trabalha com um grupo chamados de A Guarda Negra. Os Guardas Negros trabalham para os Alto Templários que atualmente governam de Oriath.
Precisamos avançar e para isso chegamos até uma área chamada Necrópole de Navios. Como Brutus estava “vivo” na prisão, podemos assumir que Kaom e seu exército não passou pela prisão ao avançar por Wraeclast com o objetivo de chegar a Highgate. O que indica que eles passaram pela Necropole, o que é confirmado pelas Escrituras Karui. Provavelmente indo de canoa da costa até esse local.
Lendo as Escrituras aprendemos como Kaom e seus 500 melhores guerreiros continuaram por terra enquanto os Karui remanescentes pegaram canoas liderados pela sobrinha de Kaom, Hyrri, e voltaram para Mana Kanui.
Nessa Necrópole de Navios nos encontramos com o fantasma do capitão Fairgraves, que ficou preso a costa com seu navio. Fairgraves nos avisa de Marveil, uma sereia que vive nas cavernas ao norte dali, e nos pede para recuperar sua Omnichama de uma escrava que o roubou.
Por meio de Bestel aprendemos um pouco mais sobre Fairgraves, ele era um poeta e um famoso navegador que trabalhava para o Alto Templario Dominus. Usando o trabalho escravo dos Karui ele navegava reunindo documentos sobre taumaturgia para Dominus. Fairgraves estava desaparecido faziam 30 anos.
Quando devolvemos a Omnichama, Fairgraves revela que o item poderia ser usado para o ressuscitar ao tomar a vida de outros, e que este planeja tomar nossa vida, lutamos contra o navegador e, após sua derrota, ele desaparece. Por enquanto.
– O Canto da Sereia –
As cavernas ao norte é o lar de Marveil e suas filhas, esse sistema de cavernas é chamado de Cova das Sereias, em tradução livre. Marveil é o último boss do ato 1 e tem uma das histórias mais triste que encontramos pelo caminho.
Marveil era uma linda mulher de Oriath que viajou para Wraeclast para assistir as lutas na grande arena de Sarn. Ela foi avistada por aquele que viria a ser o campeão das lutas e rei das espadas, Daresso.
Quando Daresso ganhou seu título ele foi até Marveil e pediu para que ela se casasse com ele, e ela aceitou. O presente de noivado de Marveil, dado por Daresso, foi a Estrela de Wraeclast um lindo, porem amaldiçoado, colar.
A Estrela de Wraeclast possuía uma Gema de Virtude que foi implementada na garganta de uma mulher chamada Kalisa Mass, uma cantora de opera. Ela se tornou uma cantora por meio do poder dessa gema a um nível aterrorizante. Um poeta de Sarn, chamado Victorio escreveu que:
A gema na garganta de Kalisa brilhou com luzes conforme sua voz se espalhava destruindo cada pedaço de vidro no auditório.
Kalisa morreu no último ato de sua performance, sua gema foi removida e implementada no colar Estrela de Wraeclast.
No início, Marveil usava o colar constantemente e repreendia aqueles que tentavam toca-lo. O colar deu a ela uma linda voz ao cantar, mas começou a muda-la. Marveil saia de madrugada, vagando sem rumo pelas ruas, voltava para casa gelada e com o corpo coberto de algas, seu corpo começou a ser tomado por caroços, sua pela começou a manchar, seus dentes ficaram longos e afiados.
Marveil estava gravida de Daresso e começou a falar animada sobre sua filha, que seria tão linda quanto ela se tornaria. Daresso saiu no meio da noite para Sarn em busca de uma cura para essa maldição, ao perceber que Daresso havia sumido, Marveil correu para o mar e esbravejou. Ela esperou na praia por vários dias, comendo peixes, conforme sua transformação progredia. Ele nunca retornou.
Transformada numa terrível sereia de tentáculos, Marveil se arrastou para as cavernas e deu a luz a sua primeira filha. O sistema de cavernas sob o continente de Wraeclast é imenso, indo de Oriath até a Cova da Sereia. Ela se manteve nessas cavernas desde então, ainda com a Estrela de Wraeclast, usando seu canto de sereia ela atraia navegantes para alimentar suas filhas e a si mesma. Dada a quantidade de filhas podemos assumir que ela acasalava com esses navegantes para gerar mais filhas.
Até o fim, ela ainda acreditava que Daresso iria retornar…
Ao matarmos Marveil saímos para a Floresta que dá início ao Ato 2
– Versão em Vídeo –